Máquina das Derivas
Braga, Portugal 2024


Se o desejo é a pulsão que nos põe em andamento, por onde caminham os desejos na cidade? Onde é que eles se cruzam e encontram? Quais as suas formas e manifestações? Que vestígios e marcas deixam após a sua passagem?

A máquina das derivas convida a semear o desejo na cidade, percorrer as ruas e praças no seu encalçe, respigar os seus frutos e promessas. Instalada na praça do mercado municipal de Braga, a máquina esteve a recolher as histórias e os estados de alma, a coleccionar passos e pensamentos, propondo formas de caminhar, de olhar, de reparar e de agir. Quem sabe, ao abandonar os seus hábitos e aprendizagens, redescobrir a cidade que já se pensava conhecer. 

O proprósito dos jogos é gerar bilhetes para estas caminhadas na cidade. Cada bilhete é carimbado e depois gerado através de métodos de aleatoriedade divididos por quatro estações/parâmetros: 1- número de bilhete, 2- em qual dos sentidos do corpo se focará a atenção, 3- que sentimento se busca nesse caminho, 4- qual a direcção de partida.

Porque a máquina não é só contaminadora mas também colectora, depois da sua deriva cada pessoa deverá deixar uma pequena bola rosa com o número do bilhete no local que o afectou e trazer de volta o bilhete com a decrição da sua experiência juntando-a à colecção.

O conjunto dos relatos das experiências fala-nos de uma cidade múltipla, subjectiva e que se transfigura constantemente pela experiência individual e íntima, num diálogo fluído com a cidade construída e desenhada. 




Créditos:

Conceito, concepção e construção:  João Gonçalo Lopes, Diogo Monteiro, Luísa Capalbo

Apoio à produção e mediação: Simone Almeida, Ana Bragança

Esquemas gráficos: Diogo Monteiro

Encomenda: Desejar - Movimento de artes e lugares comuns, Braga 25

Apoio: Cãmara Municipal de Braga







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