Máquina das Derivas
Braga, Portugal 2024


"Se o desejo é a pulsão que nos põe em andamento, por onde caminham os desejos na cidade? Onde é que eles se cruzam e encontram? Quais as suas formas e manifestações? Que vestígios e marcas deixam após a sua passagem?

A máquina das derivas convida a semear o desejo na cidade, percorrer as ruas e praças no seu encalçe, respigar os seus frutos e e promessas. Instalada na praça do mercado municipal de Braga, a máquina esteve a recolher as histórias e os estados de alma, a coleccionar passos e pensamentos, propondo formas de caminhar, de olhar, de reparar e de agir. Quem sabe, redescobrir o que já se pensava conhecer.

A proposta dos jogos é, através de métodos de aleatoriedade, gerar bilhetes para caminhadas na cidade. O bilhete é gerado através de um carimbo num papel onde serão registados os diferentes parâmetros obtidos em cada uma das 4 estações: número de bilhete, sentido do corpo em que se focará a atenção, o que se busca nesse caminho e qual a direcção de partida.

Depois da sua deriva cada pessoa deverá registar a experiência que encontrou, tranzendo-a de volta e juntando-a à coleção. 

O exercício propõe deste modo que cada participante abandone os seus hábitos e aprendizagens e que redescubra a cidade como algo novo, a partir de uma mudança de perspectiva e atenção conectada com o corpo, o imaginário, a memória e o desejo. A colecção dos relatos da experiência fala-nos de uma cidade múltipla, subjectiva e que se transfigura constantemente pela experiência individual em diálogo com a cidade construída e desenhada. 




Créditos:

Conceito, concepção e construção:  João Gonçalo Lopes, Diogo Monteiro, Luísa Capalbo

Apoio à produção e mediação: Simone Almeida, Ana Bragança

Esquemas gráficos: Diogo Monteiro

Encomenda: Desejar - Movimento de artes e lugares comuns, Braga 25

Apoio: Cãmara Municipal de Braga







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