



















Introspectiva
Lisboa, 2024
A Introspectiva de João Fiadeiro no Museu de Arte Contemporânea do CCB pretendeu fazer uma retrospectiva do trabalho do coreógrafo português, sem que isso fosse apresentado como algo do passado, mas sim como forma de continuação e transmissão das investigações que o atravessam desde cedo.
A exposição-ocupação espalhou-se por 4 galerias do museu e dividiu-se em duas fases temporais. Uma primeira fase de “estaleiro” aberto na qual a equipa (performers, media, desenho de exposição, desenho de luz, produção, assistência, etc.) esteve presente diariamente a desenvolver e testar várias experiências de performance e dispositivos espaciais de forma aberta aos visitantes do museu. Na segunda fase foi criada uma exposição que testemunhava esse período de presença, reproduzindo em diversos formatos os seus “restos, rastos e traços”.
Entre os diversos estudos da primeira fase, desenvolveu-se um a que chamámos “espaço preparado” sobre o qual 7 performers improvisaram seguindo o modelo da “composição em tempo real” de João Fiadeiro. Este trabalho, desenvolvido por João Gonçalo Lopes junto com Letícia Skrycky, resultou em 4 espaços a que chamámos Situação 1, 2, 3 e 4. Cada situação foi montada sem que os performers tivessem acesso à sala até ao momento do início da improvisação.
Os materiais utilizados na construção, tanto da exposição como dos espaços preparados, foram todos recolhidos dos depósitos ou de exposições anteriores do MAC/CCB. Estes materiais estiveram também disponíveis para serem usados durante as improvisações da “fase estaleiro” num espaço a que chamámos “tool-box” (caixa de ferramentas), montada a partir de caixas de transporte de obras de arte usadas.
Na construção da exposição “Restos, Rastros e Traços” da segunda fase, procuraram-se formas de partilha que trouxessem a “voz interior” dos espaços e dos performers em detrimento dos registos videográficos e visuais convencionais.
Também na segunda fase, uma das salas foi ocupada pelo dispositivo/instalação “I am (not) here” de João Fiadeiro. Instalação reimaginada para o contexto da galeria, e recriada a partir da reutilização de materiais de exposições anteriores e depósitos do museu.
Creditos:
Direção artística:
João Fiadeiro
Direção de produção:
Marta Moreira
Assistência de direção:
Bibi Dória
Conceito de curadoria:
João Fiadeiro
Espaço:
João Gonçalo Lopes e Leticia Skrycky
Documentação:
Bibi Dória e Lucas Damiani
Assistência audiovisual:
Gaspar F. Nascimento
Performers:
João Fiadeiro, Márcia Lança, Andrei Bessa, Leonor Mendes, Jorgette Dumby, Vi Lattaque e Bruno Brandolino
Artista foco:
Márcia Lança
Desenho e concepção de espaço expositivo:
João Gonçalo Lopes
Construção:
Paredes Meias, CRL
Iluminação:
Leticia Skrycky
Co-produção:
CCB + MAC CCB
Projeto Financiado por República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Apoios:
Câmara Municipal de Lisboa - Polo Cultural das Gaivotas | Boavista - Loja Lisboa Cultura; Ricochete Filmes; Editora Ghost/David-Alexandre Guéniot; Editora Caixa Alta e Stolen Books; Culturgest.
Agradecimentos:
Rui Xavier, João Nunes, Carolina Caramelo, Adriana Bolito, Bruno Gonçalves, Victor Gonçalves, Maria Xavier, Vasco Nunes, Patrick Hubmann, Noah Leijssen, Gustavo Sumpta, David-Alexandre Guéniot, Pedro Augusto, Rita Carvalho.